segunda-feira, 16 de novembro de 2020

(MODELO FICTÍCIO) PROJETO DE FINANCIAMENTO

 

Agrofloresta no Cerrado: uma proposta para a Industria da Farinha em Trindade-GO

 

1          Objetivos deste documento

 

Descrever de forma clara qual trabalho deverá ser realizado e quais entregas serão produzidas.

 

2          Situação atual e justificativa do projeto

 

A Irmãos de Gaia é uma instituição sem fins lucrativos fundada em 10 de novembro de 2020. Seu principal objetivo é difundir técnicas sustentáveis de cultivo e aproveitamento da terra e dos recursos locais. A ONG tem seus patrocinadores atuais, porém, necessita arrecadar mais recursos para investir em novos projetos fundamentais para a sociedade de seu entorno. Atualmente a Industria da Farinha do município de Trindade tem sofrido com o pouco retorno do investimento feito somente no cultivo de mandioca. Como o principal ponto de venda dos produtores era a Feira Municipal de domingo, fechada temporariamente pela pandemia, foi solicitada a ONG que auxiliasse os produtores a diversificar as atividades rentáveis. Para cumprir tal objetivo desenvolvemos um projeto de design agroflorestal que possibilite não só a diversificação das atividades rentáveis com novos cultivos, como a melhoria na qualidade de vida através da diversificação a alimentação dos trabalhadores e melhoria do solo e emprego de insumos. Além de atender as necessidades dos agricultores, o projeto agroflorestal da Industria da Mandioca constituirá um modelo para implantação de agroflorestas no cerrado.

 

3          Objetivos e critérios de sucesso do projeto

 

O objetivo é criar e implantar um design agroflorestal adequado para os trabalhadores da Industria da Farinha. O projeto será considerado um sucesso se atender a todos os critérios de aceitação dos beneficiados e servir como modelo para desenvolvimento de empreendimentos sustentáveis no cerrado goiano, além respeitar as restrições e cumprir o cronograma de execução e principalmente atender o objetivo abaixo:

 

          Arrecadar o valor de R$ 8.000,00 por hectare (são, ao todo, 14 hc, totalizando R$ 112.000,00) para subsidiar o projeto e a implantação;

          Arrecadar o valor de R$ 120.000,00 para subsidiar os recursos humanos necessários.

 

Atualmente a área comunitária da Industria da Farinha é de 14 hectares, totalizando carência de R$ 232.000,00. O recurso será empregado em 3 fases principais: no primeiro mês, levantamento dos saberes e técnicas de cultivo local (realizado por antropólogos através de entrevistas com produtores); no segundo mês, estudo dos indicadores para seleção de espécies e arranjo (realizado por agrônomos através de levantamentos de campo); e nos meses subsequentes, desenvolvimento e implantação de design (realizado por parceria entre beneficiários, antropólogos e agrônomos).  Todas as etapas serão acompanhadas e registradas nas redes sociais da ONG. Ao final de cada etapa a ONG realizará um evento para receber e apresentar os doadores aos resultados parciais. A prestação de contas se dará no término do período de 10 meses com exposição da contabilidade em relatório contendo escrutínio das etapas e registro fotográfico.

 

4          Metodologia

 

Para este projeto adotaremos a proposta desenvolvida pelos profissionais da Preta Terra. Entendemos que todo projeto agroflorestal deve atender a cinco critérios para ser eficiente, devendo ser: modular, replicável, elástico, aderente e decisório temporal. Sendo projetado de forma modular, o projeto é passível de replicação, balizando empreendimentos futuros no cerrado, pois possibilitará que outras comunidades, ao visitarem o empreendimento possam captar informações o suficiente para iniciar a replicação em outros espaços. É nesse ponto que a elasticidade e aderência ganham importância, pois são esses dois critérios desenvolvidos na fase de design que garantem que o projeto possa ser implantado em outros lugares no mesmo bioma com pequenas alterações. Ou seja, ele é aderente ao cerrado e também é elástico a condições específicas de diferentes populações. Por fim, o decisório temporal é mais um aspecto que garante elasticidade ao empreendimento agroflorestal, pois é um dispositivo que prevê períodos de mudança nas espécies cultivadas, tornando possível maior diversidade de produtos e capacidade dos produtores de atenderem novas demandas que possam vir a surgir.

 

5          Cronograma

 

O prazo total estimado para realização é de 10 meses, tendo como objetivo último ter todas as espécies plantadas.

Mês

Etapas

01

·         Levantamento dos saberes e técnicas de cultivo local;

·         Entrevista com moradores;

·         Inventário de equipamentos utilizados;

·         Inventário de técnicas utilizadas;

·         Levantamento de desejos e necessidades dos residentes.

01-02

·         Estudo dos indicadores para seleção de espécies e arranjo;

·         Adaptabilidade à zona de ocorrência;

·         Ciclo de vida;

·         Estrato;

·         Sucessão no sistema;

·         Área de copa e ocupação;

·         Necessidade de luz e suporte à sombra;

·         Necessidade hídrica;

·         Necessidade nutricional;

·         Valor ecológico.

03-10

·         Desenvolvimento e implantação de design.

 

A proposta inicial para passar por adequações locais é:

o   Espécie agrícola anual (Mandioca) - 1m x 1m;

o   Espécies florestais de alto valor - 10m x 10m;

o   Frutíferas - 10m x 2,5m.

Linha de serviço:

o   Bananeiras - 10m x 5m;

o   Sementes variadas.

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