Psicologia da Educação
Estudo Dirigido 1
Unidade 2 – Contribuições das abordagens comportamental e psicanalítica para a educação
Valor total da avaliação: 20,0 pontos
1- O condicionamento operante (CO) está ligado a um comportamento voluntário e uma consequência. A ideia básica é incentivar um comportamento esperado, positivo e desestimular comportamentos não desejados. Um exemplo pessoal: no ensino médio, a professora de química recompensava as maiores notas com chocolates.
2. a- Reforço positivo se resume ao estímulo agradável, positivo, benéfico como resultado de um determinado comportamento desejável. O reforço negativo está ligado ao fim ou suspensão de um estímulo desagradável como resultado de um comportamento desejável.
b- Um bom exemplo já foi dado na primeira questão: a professora que dava chocolate para os alunos com maiores notas. No ensino fundamental, ao final do ano letivo, os alunos com as melhores médias recebiam diplomas de honra ao mérito. Na universidade, para participar de projetos de pesquisa ou extensão, é necessário apresentar um IRA elevado.
c- No ensino médio, os alunos aumentavam as notas refazendo as questões que tinham errado nas avaliações. Outro bom exemplo, no ensino fundamental, era dos alunos que escreviam em cadernos de caligrafia para ganhar o "direito" de escrever de caneta. Ou ainda, os alunos que redobravam os estudos em casa para serem liberados das aulas de nivelamento no ensino médio.
d- Sim, acredito que os estímulos motivam os alunos a alcançarem melhores resultados.
3. a- Com ênfase no indivíduo, o ensino programado é caracterizado por estudo em etapas que avança constantemente a partir do feedback e das dificuldades do aluno.
b- O avanço em etapas é importante para manter um planejamento claro e sequencial e o feedback rápido é importante para manter certa autonomia e independência por parte do estudante.
c- Por ser bastante individualizado, me parece um método inviável para turmas grandes, onde o professor não conseguiria dedicar tanta atenção individual a cada aluno.
4. a- O comparativo de trabalhos entregues e a retirada do horário de recreio.
b- O comparativo de trabalhos é, além de punição, muitas vezes uma situação degradante para o próprio aluno, pois - por mais que estimule a entregar trabalhos melhores - acaba, muitas vezes, por não alterar a raiz do problema; e, caso o aluno não consiga melhorar, mesmo tentando, a situação se torna ainda mais incômoda e frustrante. A retirada do recreio é usada muitas vezes como estímulo aversivo para um comportamento indesejado. O problema é que prejudica o próprio desenvolvimento escolar e mesmo psicológico do aluno, não agindo, novamente, na raiz do problema.
c- Como dito na resposta anterior: a punição raras vezes age sobre a raiz do problema, promovendo - a longo prazo - traumas, frustração e indignação no aluno. Isso resulta em uma piora da aprendizagem e atraso do desenvolvimento.
5- 1. Negação: é a fuga/desvio/rejeição de certas situações incômodas da realidade para evitar sofrimento; o exemplo mais comum são os viciados em drogas lícitas (cigarro, álcool) que negam o vício. 2. Repressão: quando retiramos uma informação indesejada da nossa consciência; um bom exemplo é o de crianças que reprimem lembranças de abuso e se tornam introvertidas e tem dificuldades de se relacionar posteriormente. 3. Sublimação: o meu favorito, quando damos vazão a impulsos ou sentimentos estranhos/inaceitáveis através de outras ações; eu, por exemplo, fiz 6 anos de artes marciais e ainda treino boxe em casa como mecanismo de fuga de frustrações.
6. a- A transferência está associada diretamente ao desejo de saber do aluno, a organização das ideias abrindo o campo de conhecimento particular para o aluno, em uma relação afetiva e autônoma.
b- Cabe ao educador o esforço para articular (tornar lógico) seu campo de conhecimento para torná-lo acessível ao aluno.
c- É o que torna o saber consciente e promove o autoconhecimento dos potenciais do aluno.
7- A primeira contribuição que me marcou bastante, ligada inclusive a outras questões desse questionário, é a forma como a psicanálise passou a ver a punição, como causadora de traumas e neuroses, afetando o desenvolvimento escolar e social da criança. A subjetividade é um aspecto central na educação e não pode ser suprimida por disciplina severa e rígida que restringe a liberdade do indivíduo. Uma segunda contribuição trata da sexualidade infantil, que passa a compreender o interesse do indivíduo no corpo (próprio e de terceiros). Esse me parece um aspecto chave e ainda, infelizmente, podado cada vez mais nas escolas, que veem qualquer curiosidade sexual como perversão. O resultado é um número crescente de crianças grávidas, a supressão de traumas, neuroses etc.
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