quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Tylor e Morgan


TYLOR, Edward. 2005 [1871]. “A ciência da cultura”. In: Evolucionismo cultural – Textos de Morgan, Tylor e Frazer. Castro, Celso (org.) Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
MORGAN, Lewis Henry. 2005 [1877]. “Sociedade antiga”. In: Evolucionismo cultural – Textos de Morgan, Tylor e Frazer. Castro, Celso (org.) Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Tylor busca delimitar a área de atuação da “ciência da cultura”, afastando outras áreas do conhecimento (história, filosofia, ciências da natureza) e rompendo com a religiosidade. Dentro dessa delimitação, o foco dos estudos dos etnógrafos está na busca por causas uniformes, leis de manutenção e difusão e condições-padrão para que se localizasse em qual estágio de desenvolvimento a sociedade objeto de estudo se encontra. Posteriormente, caberia ainda a essa nova ciência comparar as diferentes sociedades, buscando as leis universais, e tais comparações não necessitavam respeitar data na história ou lugar no mapa.
Nas palavras de Edward Burnett Tylor:
“um primeiro passo no estudo da civilização é dissecá-la em detalhes e, em seguida, classificá-los em seus grupos apropriados. [...] o trabalho do etnógrafo é classificar [...] detalhes com vista a estabelecer sua distribuição na geografia e na história e as relações existentes entre eles.”
Talvez o objetivo seja inaugurar um método para essa nova área do conhecimento, a “ciência da cultura”. E com esse método é que Morgan escreve “Sociedade antiga”, buscando um processo de desenvolvimento geral, a qual todas as sociedades estariam sujeitas:
“[..] a selvageria precedeu a barbárie em todas as tribos da humanidade, assim como se sabe que a barbárie precedeu a civilização. A história da raça humana é uma só - na fonte, na experiência, no progresso.”

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