TYLOR, Edward. 2005 [1871].
“A ciência da cultura”. In: Evolucionismo cultural – Textos de Morgan, Tylor e Frazer.
Castro, Celso (org.) Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
MORGAN, Lewis Henry. 2005
[1877]. “Sociedade antiga”. In: Evolucionismo cultural – Textos de Morgan,
Tylor e Frazer. Castro, Celso (org.) Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
Tylor busca delimitar a
área de atuação da “ciência da cultura”, afastando outras áreas do conhecimento
(história, filosofia, ciências da natureza) e rompendo com a religiosidade.
Dentro dessa delimitação, o foco dos estudos dos etnógrafos está na busca por causas
uniformes, leis de manutenção e difusão e condições-padrão para que se localizasse
em qual estágio de desenvolvimento a sociedade objeto de estudo se encontra.
Posteriormente, caberia ainda a essa nova ciência comparar as diferentes
sociedades, buscando as leis universais, e tais comparações não necessitavam respeitar
data na história ou lugar no mapa.
Nas palavras de Edward Burnett Tylor:
“um primeiro passo no
estudo da civilização é dissecá-la em detalhes e, em seguida, classificá-los em
seus grupos apropriados. [...] o trabalho do etnógrafo é classificar [...]
detalhes com vista a estabelecer sua distribuição na geografia e na história e
as relações existentes entre eles.”
Talvez o objetivo seja inaugurar um método para essa
nova área do conhecimento, a “ciência da cultura”. E com esse método é que
Morgan escreve “Sociedade antiga”, buscando um processo de desenvolvimento geral,
a qual todas as sociedades estariam sujeitas:
“[..] a selvageria
precedeu a barbárie em todas as tribos da humanidade, assim como se sabe que a
barbárie precedeu a civilização. A história da raça humana é uma só - na fonte,
na experiência, no progresso.”
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