MARX,
Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista.
[Disponibilizado pelo professor].
O Manifestado, aclamado e odiado, se divide em quatro
partes. Nas primeiras páginas os autores já indicam o que objetivam com o
texto: demonstrar o pensamento comunista, sua visão, seus objetivos, suas
tendências. (MARX & ENGELS, p. 28)
Na parte intitulada “Burgueses e proletários”, Marx e
Engels apresentam a história como uma eterna dualidade entre os opressores, a burguesia, os donos dos meios de produção, das fábricas, e os oprimidos, os trabalhadores, o proletariado. Essa história, baseada no conflito de classes, é extremamente
importante, pois ela é que embasa o convite à luta. É possível observar a preocupação em demonstrar que conforme
o capital aumentava mais solida se tornava a opressão, que apesar de melhorar
os instrumentos de comunicação e produção, submetia tudo e todos, acabando com
a autonomia local, criando um mundo a sua imagem e atiçando o próprio
proletariado, propiciando as condições para sua organização e para o confronto.
(MARX & ENGELS, p. 29-41)
A segunda parte vem justificar a união entre
proletários e comunistas através de
objetivos em comum: “formação do proletariado em classe, derrubamento da
dominação da burguesia, conquista do poder político pelo proletariado”. Outro
ponto importante está na refutação de algumas colocações que eram e são feitas
sobre o comunismo, como: a abolição da propriedade geral, retirada do poder de
aquisição, supressão da família e abolição da pátria e da religião. (MARX &
ENGELS, p. 42-51)
A terceira parte se preocupa em fazer critica aos
diversos tipos de socialismos existentes, reconhecendo suas contribuições, mas
afirmando que a maioria se comporta como reacionário e não tem interesse em
transferir o poder para as mãos dos trabalhadores e sim em manter o sistema
burguês vigente. (MARX & ENGELS, p. 52-62)
O arremate, o convite pra luta, é feito na parte “Posição dos comunistas para com os diversos
partidos oposicionistas”, onde Karl e Friedrich afirmam o papel que os
comunistas exercem no apoio aos movimentos
revolucionários e na ligação entre os partidos democráticos de todos os
países pra alcançar o objetivo final: “derrube violento de toda a ordem
social até aqui”. (MARX & ENGELS, p. 63-65)
O manifesto é uma leitura atual e causa medo. O problema
é que causa medo não só na burguesia que vigora, mas causa medo no proletariado
atual. Não há uma identificação de classe que une as pessoas, pelo contrário,
educa-se a odiar o pobre, a não reconhecer-se como tal, a acreditar que o
sistema instaurado é benéfico para todos. É isso que mantem a massa
trabalhadora quieta, esse conformismo, esse medo do “espírito comunista” e do
termo “revolução”. Mas há de chegar o dia que o chão há de tremer com a marcha
proletária, o dia que os grilhões vão ser quebrados, como diria Marx.
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